Céu de julho de 2009

por Barbara Abramo

Julho começa com excessos, desmandos e exageros na economia e na política: Vênus se desentende com Júpiter e Netuno, e o Brasil pode ter trabalho para manter uma imagem de país justo, ético e equilibrado. Em um cenário conturbado destes, acontece o eclipse lunar em 15º Capricórnio que incide diretamente como um disparador de crises. Acontece que Capricórnio é o signo que rege os assuntos das câmaras de representação do Brasil. No mês passado, a lunação em Câncer que aconteceu em oposição a Plutão foi quase literal: trouxe a luz (do Sol) sobre os "conteúdos secretos" (Plutão) do Senado. De lá pra cá a tendência é aprofundamento de crise. Só que um eclipse lunar leva embora o passado de um jeito dramático, especialmente o que estava frágil e problemático. Podemos esperar uma lufada de ar fresco e mais dignidade para nosso Senado em julho, mas que virá à luz em um parto difícil.

Júpiter e Netuno continuam em conjunção no ascendente do Brasil na maior parte do mês. Netuno é o planeta das negociatas e dos escândalos, que com isso marcam a identidade brasileira, e não apenas com o lado bonito do planeta: carnaval, praia e música criativa. Júpiter é o planeta da ética, dos princípios e da autoridade baseada na dignidade, e o fato de estar no ascendente do país quer dizer que é um aspiração popular que continua forte deste lado do Atlântico Sul. Mas ambos os planetas estarão retrógrados e isso aponta para a revisão destas aspirações, a necessidade de ajustar e rever posicionamentos, o que pode ser bom para o Brasil redefinir posições tomadas na diplomacia internacional.

O clima e suas mudanças, que colocam regiões em risco, continuará sendo problema importante e sério no Brasil em julho. Não somente no nosso país, aliás. Júpiter e Netuno também elevam o nível dos rios, dos mares e prometem problemas para todas as regiões que sejam cercadas por rios e lagos - a cheia que ocorreu no Rio Negro, no Amazonas, é um exemplo disso.

Júpiter e Netuno no signo aéreo de Aquário também têm tudo a ver com epidemias que se espalham pelo ar e pelas vias de comunicação. A gripe suína começou quando a conjunção entre estes dois planetas se formou e segue firme em julho, se disseminando mais ainda nos primeiros dias do mês e na virada para agosto. Isso vale para o mundo todo e não apenas para o Brasil, embora nosso país esteja particularmente vulnerável a ela de junho a outubro.

Vênus e Marte em Gêmeos agitam as oposições ao governo federal e a crispação tende a se tornar mais aguda tanto na primeira, quanto na terceira semana, quando acontece o eclipse solar em Câncer, que promete balançar o senso de segurança do funcionalismo público e trazer desafios à saúde pública. Aí, no entanto, será imposta uma decisão positiva, que erradicará problemas crônicos. Tudo isso terá o ar dramático típico dos eclipses - fiquemos de olho a partir dos três dias anteriores a cada um dos eclipses, pois é neste intervalo que eventos se precipitam e agudizam crises, tornando mais urgente a busca de soluções de verdade e não apenas improvisações.

Os bons aspectos que o Sol e Mercúrio formam com Saturno e Urano, de 8 a 19 de julho, falam da intervenção original e apropriada da mídia nos acontecimentos (nacionais e internacionais), na disseminação rápida de informações importantes por meio da tecnologia de ponta, na solução inventiva dos problemas de saúde pública e no provável surgimento de uma empreitada importante no plano das comunicações e da educação brasileira neste período. Como Mercúrio sinaliza também a informação que corre nas ruas, que se dissemina no Twitter ou blogs e no boca-a-boca, é aí que nós cidadãos do planeta Terra, poderemos exercer nosso direito. Será uma ferramenta efetiva e poderosa que não poderá ser desprezada nos dias difíceis de julho.

No dia 22 de julho, o Sol finalmente entra em Leão reforçando, para o Brasil, a importância de ser um exemplo de originalidade, capaz de aglutinar países em temas caros ao nosso comércio exterior. Daí em diante, o cenário astral começa a destacar o poder do primeiro escalão do governo, e Brasília estará na berlinda das relações internacionais. Nossos representantes precisarão ter muito cuidado com a diplomacia a partir de 28 de julho, com a Lua crescente em Escorpião, que pode trazer publicidade ao Brasil. Tomara que ela seja por conta de decisões ética e corretas.

Como a linha do eclipse solar total em Câncer passa pelo norte da costa ocidental da Índia, atravessando todo o subcontinente até o meio da costa oriental da China, próximo a Xangai, é de se esperar eventos importantes nestas regiões nos próximos meses, tanto no campo político, quanto climático.